domingo, 1 de março de 2009

Por que do Lambe?

A prática do lambe segue dois caminhos distintos para justificar a sua existência na arte pós-moderna urbana: um individualista e outra social.

 

O Eu na cidade.

 

O coletivo e particular já se confundem. Até onde vai meu direito e começa o do outro? O que é a democracia e todas essas tendências humanistas? Cotidianamente o dilema de ser livre ou ser o touro castrado.

 

Ver a sua marca, participação, cicatriz, na cidade é sentir-se vivo, ativo, agente de mudança e de poder. É uma busca solitária para sentir que faz parte de algo que lhe escapa, que vai além de seu feudo, num mundo onde a alteridade nos assusta, onde o matrimonio do medo e desejo se evidenciam. A ânsia do excluído por aceitação.

 

A verdade é que nunca quisemos deixar de sair de nossos quartos, então o estendemos para as ruas.

 

O Lambe.

 

Quem é vc imagem que foge das folhas pautadas e invade a cidade, ser transgressor que perturba minha vigília onírica, que trás a mim inquietação e dúvidas? Eres vos a nova cara da arte? Tão medíocre, efêmera na mensagem e na existência.

 

O fato é que arte nunca foi para as massas. Meu significado não é a mentira estampada nos produtos do supermercado, está nas entrelinhas. Peça-me para facilitar a compreensão e escolho me explicar para as amebas.

 

Sou a contracultura da cultura dos contrários. Estou aqui por estar, pois que diferença faria caso outro ocupasse meu lugar? Nada mais faz mesmo muito sentido. Tudo acaba sendo fagocitado e depois ejaculado pelas atividades sociais. Hoje lixo, amanha capa de revista, e no fim nunca deixamos de estar entre os vermes.

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