segunda-feira, 11 de maio de 2009

Olha a bela flor dobrar serena a
antiga avenida central;
tem pernas, sim, e desliza pelo lamaçal de macadame.
tempos idos, o cimento fez-se o chão de nossos pés (não assim, bem,... diferente);
a bela flor, na lembrança é mais bela.

vê a flor murcha, a regozijar-se com as gotas do orvalho matinal,
de todos os dias (quase).

Sê a bela flor a passear pelos desníveis do meu peito castigado,
E quem sabe não serei mais uma vez um corpo entorpecido,

Vê a flor, que aos olhos é menos bela que na lembrança,
A assobiar notas tal qual um instrumento musical;
Numa noite de luar, ao fundo do meu quintal,
Na plena imensidão das dores cotidianas.

Querida flor.

2 comentários:

R. disse...

Querida demais. Lindo poema.

Nida Ollem disse...

hum, não gostei, a primeira estrofe é boa e promete um bom poema, mas depois desanda...